segunda-feira, 19 de julho de 2010

A escola e a sociedade contra a violência infanto-juvenil

A cada instante a impressa, seja falada ou escrita nos divulgam fatos que nos causa muita indignação e revolta, estou me referindo aos abusos contra crianças e adolescentes, é impressionante que não tenha só dia para que eu pegue algum jornal que não mencione atos tão covardes e monstruosos , casos que considero até como inacreditáveis que uma pessoa dita como ser “humano” possa cometer contra seres tão indefesos como crianças e até bebês .

Vou citar, dois casos que não saem da minha cabeça o da menina que estava torturada na casa da promotora do RJ e o caso da bebê estuprada num bairro de Belém-Pa , situações estarrecedoras que entristecem , nossa sociedade e que precisam ser denunciados e resolvidos com o máximo de celeridade, pois nos envergonham.

Todos nos, temos o dever de derrubar esse muro de silêncio, muro de injustiça que a sociedade em geral deve agir de forma contundente e evitar que fatos dessa natureza sejam coibidos. A escola como um todo, tem um papel fundamental nessa questão que é o da identificação precoce e comunicação dessas situações de maus-tratos contra os menores o mais rápido possível aos órgãos competentes.

Refiro-me a escola, por que é na mesma que existem bons profissionais que devem se manter atualizados, estar atentos e ter uma visão bem ampliada sobre a questão e fazer a intervenção no momento preciso. O professor em especial, é o elemento que convive horas importantes com as crianças e adolescentes e está numa posição privilegiada e tem a percepção do problema, todavia não é somente a escola e os professores que tem essa incumbência, a FAMÍLIA, tem um papel fundamental nessa questão, principalmente as mães que não podem em hipótese alguma esconder, mascarar, encobrir atos que sejam de seus maridos e padrastos de seus filhos e que façam tal tipo de ato com seu consentimento seja por medo, ameaça ou qualquer tipo de represália de perder o casamento ou qualquer tipo de relacionamento, é dever de todos esta fiscalização.

Hoje no Brasil, segundo as ultimas pesquisas, em mais de 65% das denúncias de abusos contra crianças e adolescentes a vitima é do sexo feminino, e outro dado assustador e preocupante é que em média mais de 18 mil crianças são vitimas de violência doméstica por dia, dados esses alarmantes e que precisam urgentemente serem revertidos. No entanto não podemos fechar olhos, nos silenciar para os atos de maus-tratos contra as crianças. Os maus-tratos são muitos, mas citarei alguns dentre eles destaco: mau-trato físico, abandono físico, hostilidade verbal, ironia, insulto, intimidação, pressão psicológica, trabalho infantil, corrupção de menores e o mais em evidencia é o abuso sexual contra as crianças e os adolescentes, estes que cito são apenas alguns dentre tantos outros tipos de violência contra os menores.

Contudo, o dever é de todos nós, de você também que está lendo agora essas breves linhas, temos a obrigação de notificar as autoridades competentes, os casos que conhecemos, pois uma simples suspeita mesmo que não seja confirmada já basta é o suficiente para a lei , que reza que quem não denuncia, torna-se cúmplice do agressor. As vitimas sempre dão sinais de seu sofrimento seja por meio de desenhos, agressões aos colegas, gestos obscenos, palavrões, tristeza, redações, acanhamento, choro e ate mesmo isolamento e querem compartilhar essa repulsa e na maioria das vezes procuram alguém de sua confiança para desabafar, sejam professores, tias , professoras e alguém que considerem de sua confiança.

Portanto a missão, é difícil, mas não impossível , não devemos também deixar de cobrar dos conselheiros, pois os mesmos são membros da comunidade e são eleitos pela população e recebem treinamento adequado , notificam e trabalham na prevenção dos maus-tratos contra os menores atuam nas áreas da saúde e educação. Juntos , ESCOLA, FAMILIA, PROFESSORES, CONSELHO TUTELAR, MINISTÉRIO PÚBLICO , devemos estar atentos a essa questão pois, desempenhamos um papel fundamental neste tão conturbado quadro que precisa e deve ser exterminado de nossa sociedade.

Wynklyns Lima

Colaborador do Grupo Futuro Educacional

Professor de Matemática do Ensino Fundamental menor

wynklyns@yahoo.com.br

A Importância de uma Ciclovia para Marabá

Apoiar a idéia de uma ciclovia para nosso município hoje é uma questão de necessidade, é primordial, se configura numa contribuição para a sustentabilidade no todo, principalmente no perímetro mais nevrálgico da cidade que é a rodovia transamazônica que compreende todo o perímetro que vai desde o núcleo do aeroporto, a ligação do trevo dos três núcleos, lugar de maior intensidade de veículos ate a saída da cidade no outro trevo do km 06, Nova Marabá.

Sugiro e apoio essa importante iniciativa porque existem várias razões, entre elas destaco: a bicicleta representa um meio de transporte muito eficiente, e ecologicamente correto, e tem sido muito estimulado seu uso em muitos países. Como é muito comum vermos, e convivermos diariamente com dezenas de guerreiros ciclistas cruzarem a frente de carros, motos e ônibus, arriscando a sua pele para ganhar a vida e chegar ao destino todos os dias. Contudo reafirmo a importância de se apoiar essa desafiadora iniciativa, porque andar de bicicleta na nossa cidade, ou no Brasil; não é questão de ser bonito ou que seja somente para ricos, não é isso, andar de bicicleta é para todos, promove a nossa saúde, exercita nosso corpo, reduz a poluição sonora e preserva o meio ambiente. Mas como vivemos num pedaço do Brasil, já saturado com tantos veículos, não nos resta alternativas mais rápidas como os ônibus e carros nos dias em que não existe o tal engarrafamento. Nosso país se configura, entre os maiores produtores de bicicleta do mundo, somos o terceiro maior do ramo, segundo as ultimas pesquisas, somos auto-suficientes no suprimento do mercado interno, mas, em contra partida existe uma incoerência, o Brasil é um país anticiclista, pois não desenvolve políticas publicas para os usuários de bicicleta e 90%, a maioria dos administradores públicos ignoram os ciclistas, que são vistos com desprezo, e são considerados como meros trabalhadores assalariados, é preciso que esse panorama se reverta e se respeite de fato os usuários desse significativo transporte. Aqui em Marabá não, mas em outros lugares menores, é muito comum vermos a bicicleta como o principal meio de transporte. Cito como exemplo Abaetetuba onde se usa muito a bicicleta, e outras cidades do Marajó que são pequenas e o número de veículos é bem menor, onde se facilita o transporte rápido e eficiente, tem até as bicitáxi, onde você é carregado como se estivesse numa moto e o condutor o leva para onde o passageiro quiser.

No entanto quero deixar bem explicitado nestas linhas que a bicicleta sozinha não irá resolver nossos problemas, mas incorpora – lá de forma inteligente e fazendo a integração necessária a outros meios de transporte facilitará a vida de muitas pessoas. Isso pode se tornar uma realidade e para tanto é preciso muito planejamento para adequação de uma ciclovia, como as vias especializadas, um corredor principal, instrução para que os ciclistas circulem da forma correta, construção de bicicletários cobertos, estacionamentos seguros e práticos e acessíveis.

Portanto, deixo aqui a sugestão desafio, que não é somente minha, mais de muitos que comungam da mesma idéia, pois não podemos em hipótese alguma ignorar o nosso vertiginoso crescimento, nem tampouco desconsiderar o espaço adequado para quem tanto precisa pedalar.

wynklyns@yahoo.com.br

Professor de Matemática do Ensino Fundamental I

Colaborador do Grupo Futuro Educacional

O Desafio do Lixo


O desafio do lixo é com certeza um dos temas mais complexos e problemáticos da nossa atualidade. Parece ser tão simples, tão básico, mas não é , só parece. São tantas as campanhas de conscientização, propagandas, folhetos, reportagens, enfim uma infinidade de informações a respeito de como devemos tratar o nosso lixo mas, acredite ainda é pouco diante de tamanha falta de conscientização.Desde a hora que acordamos até a hora de dormir produzimos lixo, é inevitável não produzir resíduos , a média nacional e de quase 1kg por habitante/dia, agora imagina só os restaurantes, as escolas, os supermercados e etc , quanto não produzem hein ? e em relação a Marabá? , são milhares e milhares de toneladas dia ,...e por vai, e é muito resíduo , e imagina só para onde vai todo o lixo que produzimos ? Na grande maioria das cidades brasileiras vai para lixões onde homens ficam pondo lixo , compactando, colocando lixo até que chega a um determinado ponto que junta tanto material que não é possível mais a compactação,ficando impossível de enterrar. Outros pouquíssimos municípios brasileiros já dispõem de alternativas adequadas, tais como aterros sanitários, incineração de material hospitalar, coleta seletiva e até mesmo a compostagem.Destaco a importância de que não adianta apenas termos a consciência ambiental é preciso ter a atitude ambiental, devemos refletir sobre nossa postura em relação ao consumo , pois na grande maioria ele não tem sido consciente, e como é comum jogarmos objetos fora que consideramos as vezes sem utilidade devemos observar que nem tudo que se joga fora é lixo! Muitas vezes nós jogamos fora muitos resíduos que são altamente perigosos, contaminam o ar, a terra, os rios e ficam por ai por muitos e muitos anos. A questão é que não existe mágica , enquanto vivermos vamos continuar produzindo lixo .E aí a pergunta, Professor como devemos proceder diante de uma situação tão complexa ? A situação é difícil, mas não é impossível, primeiramente devemos reforçar diariamente que educação se começa em casa, a escola dedica-se e muito com poucas horas, diga-se de passagem, ao trabalho do tema quase que todos os dias, sendo que a maioria das escolas deveriam ser eco-sustentáveis, elas apenas complementam com os temas transversais e os conteúdos diários , depois os alunos voltam para casa e é na família que a mudança de hábito deve acontecer, a séria mudança de postura e valores deve acontecer, a escola, a família , a igreja ,a prefeitura a sociedade em geral, enfim todos temos um importante papel a desempenhar pois a cada dia são criadas novas “necessidades “ no exorbitante aumento da produção tecnológica e no crescente uso de bens descartáveis que geram muito desperdício e consequentemente muito, mas muito lixo. Contudo mudar esse panorama não é tarefa das mais fáceis , outras alternativas bastante debatidas e tendo sido a mais em voga e colocada em prática é a de trabalharmos insistentemente a política dos Rs, que consiste em Reciclar ou Preciclar , Reutilizar, Repensar , Replanejar, Reeducar , Reduzir entre tantos outros Rs , é preciso que todos nós promovamos está dimensão ambiental em todo lugar, também sugiro,solicito, incentivo e apoio todas e todos catadores de nossa cidade que precisam e muito dos materiais recicláveis para sustentar suas famílias.Portanto , são muitas as minhas sugestões, os meus pensamentos, os meus sonhos, as minhas idéias, minhas angústias, minha vontade e minha esperança é forte em se oportunizar um trabalho ambiental digno, sério mesmo que seja lento ou rápido , que demore anos ou meses ,não sei , só sei que este trabalho vai com certeza promover condições justas e que irá tentar reduzir de alguma forma os impactos que o desafio do lixo nos propõe a cada dia, a cada instante na nossa tão grande Marabá.

Professor Wynklyns Lima colaborador do Grupo Futuro Educacional, professor de Matemática do ensino fundamental I,

wynklyns@yahoo.com.br

Campanha na Praia do Tucunaré 2010